O nono relatório da Ferrero sobre os seus progressos na aquisição de óleo de palma

A Ferrero está plenamente empenhada em garantir um abastecimento de óleo de palma livre de desflorestação e de exploração, através da cooperação ativa com ONG, com as principais partes interessadas e com os fornecedores; e continua a adquirir unicamente óleo de palma 100% segregado e rastreável até aos produtores, certificado pela RSPO.

Rastreabilidade e transparência da cadeia de abastecimento

Um fator crucial na abordagem da Ferrero à sustentabilidade do óleo de palma consiste na manutenção de um sólido nível de rastreabilidade a nível de fornecedores e produtores, que nos permite uma perfeita visibilidade dos primeiros quilómetros do nosso óleo de palma.  Comprometemo-nos a aumentar a transparência ao longo da cadeia de abastecimento e a divulgar de forma periódica os últimos dados de rastreabilidade sobre os nossos fornecedores. Desde 2018 que, graças à ajuda dos nossos fornecedores, publicamos voluntariamente uma lista semestral das instalações de produção de que o nosso óleo de palma procede. A última lista, referente à segunda metade de 2019, pode ser descarregada no sítio na Internet da Ferrero. 

Em 2019, obtivemos 209 000 toneladas de óleo de palma segregado certificado pela RSPO, das quais 10% também obtiveram a certificação do POIG (Palm Oil Innovation Group). 100% deste óleo de palma é rastreável até às 91 instalações de produção a que o adquirimos, e a 99,96% das propriedades (448 plantações). Durante este período, incluímos 25 281 pequenos produtores na nossa cadeia de abastecimento

 

Países em que a Ferrero adquiriu o seu óleo de palma em 2019

A nossa abordagem reforçada

Estamos empenhados em liderar a transformação da indústria, trabalhando intensamente com os nossos fornecedores e parceiros. A Avaliação de Compradores de Óleo de Palma de 2020 da WWF, reconheceu a Ferrero como a empresa com o óleo de palma mais sustentável de uma lista de 173. Como parte da iniciativa da Avaliação de Compradores de Óleo de Palma da WWF, o caso da Ferrero, que inclui os nossos principais resultados, desafios e planos para o futuro em termos de aquisição de óleo de palma sustentável, está disponível no respetivo sítio na Internet da WWF.

A Carta do Óleo de Palma da Ferrero, publicada em novembro de 2013, incorporou plenamente os requisitos e indicadores de verificação do POIG. Trabalhamos com os nossos fornecedores e avaliamos o seu cumprimento dos requisitos da Carta mediante assessores independentes. Adicionalmente, a Carta do Óleo de Palma incorporou em 2015 a Abordagem de Alto Teor de Carbono (HCS) e a “Free and Fair Labor in Palm Oil Production: Implementation Guidance”.

Após diversos anos de experiências positivas com a Carta existente estamos atualmente a empreender um grande esforço colaborativo com as nossas partes interessadas internas e externas para efetuar uma revisão sistemática dos seus conteúdos até ao final de 2020. A nova Carta refletirá melhor os desafios do futuro e as propostas de valor da Ferrero.

A Ferrero também apoia ativamente a Abordagem de Alto Teor de Carbono (HCSA), uma metodologia que distingue as áreas florestais a proteger de terrenos degradados com baixo teor em carbono e reduzidos valores de biodiversidade, que podem ser objeto de desenvolvimento humano. Esta metodologia foi desenvolvida com o objetivo de garantir uma abordagem amplamente aceite, prática, transparente, sólida e cientificamente fiável, capaz de implementar compromissos para erradicar a desflorestação nos trópicos, defendendo ao mesmo tempo os direitos e as condições de vida das pessoas locais.

Para reforçar os princípios de não desflorestação da nossa Carta do Óleo de Palma, trabalhamos desde 2016 com a Fundação Earthworm no desenvolvimento e implementação do nosso próprio Procedimento de Verificação. Como resultado deste trabalho, em outubro de 2020 a Ferrero começou a utilizar o serviço de monitorização e verificação por satélite Starling em toda a sua cadeia de abastecimento para garantir que não está associada à desflorestação. O serviço Starling utiliza um sistema que verifica e monitoriza de forma independente a utilização do solo, incluindo a identificação de terrenos potencialmente desflorestados e convertidos integrados na nossa cadeia de abastecimento do óleo de palma. Desenvolvido por um consórcio composto pela Airbus Defence and Space, a Fundação Earthworm e a SarVision, o serviço Starling representa uma combinação de imagens de alta resolução óticas e de radar obtidas de satélites, orientada para a monitorização praticamente em tempo real das alterações nas utilizações dos terrenos e nas áreas florestais. 

Apoio ativo à transformação 

Somos promotores ativos do óleo de palma sustentável a múltiplos níveis. Somos membros contribuidores de diversas plataformas de peritos e mesas redondas multidisciplinares, em que o futuro da indústria do óleo de palma é discutido e traçado.

Trabalhamos estreitamente com a Aliança Europeia do Óleo de Palma (EPOA), uma iniciativa empresarial que colabora com diversas propostas a nível nacional em diversos países europeus, formando partes interessadas sobre toda a história do óleo de palma, facilitando uma comunicação baseada na ciência, e criando uma visão equilibrada sobre os seus aspetos nutricionais e sustentáveis. A EPOA apoia firmemente a utilização de óleo de palma 100% sustentável.

A Ferrero recebe de braços abertos a aprovação, pelo conselho reitor da Mesa Redonda sobre o Óleo de Palma Sustentável (RSPO), de normas históricas que implementem conceitos como “Responsabilidade Partilhada” e a necessidade de que todos os membros das organizações se dediquem a “Mobilizar, Atuar e Transformar” para cumprir a sua missão. Alinhados com as ações do conselho reitor, todos os membros da nossa organização, independentemente das suas categorias, partilham agora os mesmos requisitos e obrigações de sustentabilidade. 

Como membro ativo do Fórum para o Óleo de Palma Sustentável (FONAP), a Ferrero tem estado a trabalhar estreitamente com a WWF Alemanha e encontra-se em contacto direto com a ONG local Wild Asia para discutir os progressos e analisar os resultados do Esquema de Grupo da Wild Asia (WAGS). Patrocinámos a primeira fase do projeto, que começou em julho de 2018, e assinámos a segunda fase, que começou em dezembro de 2019 e continuará até março de 2021. A nossa contribuição para este projeto é voluntária e vai mais além do nosso estatuto como membros do FONAP. Este projeto, apoiado por parceiros globais, nacionais e locais, está firmemente orientado para o apoio aos pequenos agricultores para participarem numa cadeia de abastecimento sustentável, mas também está dirigido para questões como a conservação e a desflorestação. Adicionalmente, o WAGS tem como objetivo o teste e aplicação dos critérios adicionais do FONAP (definidos como acréscimos a esquemas de certificação como o da RSPO) em condições realistas para implementar estas medidas a toda a cadeia de abastecimento do óleo de palma na Malásia. 

Os dados numéricos incluídos no presente Relatório referem-se ao período de janeiro a dezembro de 2019.